terça-feira, 25 de janeiro de 2011

.Ninguém é de Ninguém.

Descobrir que ninguém é de ninguém.
Será que o objetivo de tudo é isso?

Pq então insisto em querer só pra mim algo que não é meu?
Pq existe o ciúme?
Pq casais brigam e se separam?

Pq ninguém ser de ninguém quando na verdade queremos é ter alguém?
Alguém que nos proteja, que nos acolha, que nos entenda?
Eu quero ser de alguém, me sinto bem assim.

Se sentir amada e não enclausurada
Se sentir protegida e não reprimida
Talvez seja essa a diferença.

A liberdade pode vir junta com alguém, pq todas as músicas não podem estar erradas...

                                                                                 "É impossível ser feliz sozinho"

                    "Eu quero estar só, mas comigo só eu não consigo.
                     Eu quero ficar junto, mas sozinho só não é possível"

domingo, 23 de janeiro de 2011

De Repente

E de repente eu lembrei do passado.
Dos dias que vagava em busca de algo concreto,
dos dias que ria sem rir,
dos que chorava sem lágrimas.

De repente lembrei como é bom lembrar,
como é bom escrever, desabafar.

De repente percebi que não tenho o que falar,
percebi que o "a incerteza traz a inspiração" é mais do que verdade.

Estou mais certa do que nunca no meu caminho,
tudo corre a mil por hora, mas eu consigo aproveitar cada milionésimo de segundo.
Tudo flui de um modo não programático e, de uma forma ou de outra, eu estou vivendo.

Vivendo e esperando
Pensando e acontecendo
Sonhando e realizando

Tudo acontece sem eu perceber,
as coisas se modificam.
A vergonha desaparece
O amor cresce.

Mas mesmo sem me importar eu sei que existem olhos a espreita,
Observadores, vagos.
Eles captam todos os movimentos, todas as insinuações.
Não são postos ali por acaso.
Me testam, me desafiam.

Estou disposta a passar de fase, e não vou aceitar um game over fácil assim.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

.Presente e Futuro.

Era uma menina que adorava ler.
Thatiana não pensava em garotos, maquiagem ou baladas, sequer arranjava ânimo para sair de casa.
Seus 18 anos nada lhe pareciam, senão anos jogados fora.
Sabia que deveria sair, se alegrar, fazer amigos, namorar.
Sabia o que queria no futuro, e não era um casamento, filhos e um belo marido..
Era uma profissão, a qual ela pudesse dedicar toda a sua vida ajudando os outros.
Thatiana sabia que estava exagerando ao fixar-se naquilo com tanta força.
Esquecera de viver o presente, pensando no futuro.
Thatiana?!..

segunda-feira, 31 de maio de 2010

.-.

Tudo muda o tempo todo, no mundo.
Tudo muda o tempo todo, na minha vida.
Eu não sei o que exatamente estou querendo.
Estou tentado me encontrar, e acho que me perdi.
Criatividade zero.
Mil coisas pra estudar.
Mil coisas em que pensar.

Acho que vou ali, e não volto.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

.O menino que não era nada.

E era mais um dia de verão.. Tadeu estava ali, parado a porta.
Pensava se deveria ou não entrar. A sua volta crianças brincavam, corriam, jogavam bola.
Um sol ofuscante pairava bem acima dele.
Tadeu deu uma pequena olhadela para trás, diante de toda aquela movimentação.
Dentro da casa, seu computador, um cachorro, e um caderno o aguardavam.
Tadeu era menino de ficar só. Não gostava de mimos, tampouco toda aquela agitação de dias ensolarados.Preferia seu quarto, sua janela que dava pro beco da rua ao lado. Muitas coisas já vira por aquela janela.
Não era como os outros meninos de sua idade, não sabia o que era ter um amigo. Talvez o pobre do faísca servisse como um, mas o cachorro já estava muito velho e não duraria por muito tempo.
Estranhamente ele parecia não se importar com o fato, e o tratava como um simples saco de pulgas.
Tadeu era menino de rimas. Gostava de ficar horas a fio rabiscando coisas em seu caderno. Riscos, rasuras, riscos, rimas. Palavras.
Tadeu não sonhava com um futuro brilhante, nem pensava no dia de amanhã.
Tadeu talvez sonhasse em ser como os outros, caso contrário, porque estaria pensando se deveria ou não entrar em casa?

terça-feira, 18 de maio de 2010

.Por que?.

Por que tudo parece tão confuso, quando na verdade é tão simples?
Por que eu não sei nada da matéria se eu já li todos os capítulos?
Por que eu fico indecisa, quando na realidade já me decidi?

Por que tantos 'porquês' rondam a minha cabeça?
Por que todos vêm rodeados de 'não sei', 'talvez', 'mas e se..'?
Nesse momento to procurando o meu 'eu'.. aquele tão personagem do 1o post Talvez..
Aquele que faz de cada dia, um único. Que encena, narra, faz a comédia e o drama.
Aquele que se desfaz assim que acaba o dia, mas que renasce melhor e mais vivo no dia seguinte.

Aquele personagem, não procura palavras certas, não tem o dom da 'enrolação', tem o dom da metamorfose. Troca de pele como troca de roupa. Troca sentimentos como se houvesse feito uma piada.
Aquele 'eu' está em algum lugar.. no mais remoto esconderijo do meu próprio 'eu'.
O problema, mais uma vez é, onde encontrá-lo? Por que preciso dele?

Não sei me desvencilhar das próprias confusões que eu crio, não sei optar por um caminho simples, porque nenhum o parece..Espero respostas que não podem vir, sem que antes eu dê o primeiro passo.
Espero um primeiro passo, que não dei. Por medo? Dúvida? Indecisão.

Espero o dia de encontrar meu personagem, enquanto isso distraio minha sina.
Espero o dia da decisão, enquanto isso procuro palavras que não vem.
Quero mais respostas, mais decisões, mais calma de mim mesma.
Quero rir sem compromisso, quero viver, sem me importar com olhares estranhos me rondando.
Quero menos 'porquês' e mais decisões. Sem dúvidas e arrependimentos.
Quero a vida mais simples que conseguir criar, com todos os meus sonhos e meus atos.
E todos eles, vindos de belos 'porquês'.

sábado, 8 de maio de 2010

.Fato.

Olhos amendoados de uma cor castanha leve.
Cabelos ondulados como o de uma bela princesinha.
Mãos pequeninas e delicadas, trêmulas.
Nos olhos um certo pânico. Começavam a lacrimejar.
O coração apertado, dando fortes pulsadas sob a pele.
Na sua frente, uma visão que ela jamais iria esquecer.
Sua mãe. Seu pai? não estava mais ali.
Ela teria que ser forte, e sua mãe teria que ser pai.
Num abraço apertado ela sabia que viveria, que sobreviveria.
Que cuidaria de sua mãe por toda a vida.
Que não repetiria os mesmos erros que cometera com seu pai.
Com amor de mãe e amor de filha, viveriam juntas, para sempre.
Dentro do 'Seja eterno enquanto dure'.